Promotor
Associação Zé dos Bois
Breve Introdução
Castilho
Lançamento do álbum 'Today We'll be the Lucky Ones'
‘The wind is blowing on my face’, canta o músico viseense Castilho nos versos de «The Wind Blows», composição sua premiada em 2020 pelos Novos Talentos Fnac e que resultou na sua estreia no ilustre Coliseu dos Recreios. Mas este vento de que fala, desengane-se o leitor, não é daqueles que sopra doido para nos baralhar as ideias e desgrenhar os cabelos, algo que seria mais apto para descrever o frenesim dos Savanna, banda de rock psicadélico onde desempenha um cargo central ao teclado e nas segundas vozes. Neste seu projecto a solo, onde sai da sua zona de conforto e se aventura a compor também à guitarra, Pedro Castilho conjura antes uma brisa indie pop, uma aragem melosa e vulnerável que atravessa a sua levada de singles desde «Come Back» (2017), «Moving Fast, Moving Slow» (2018) e «Lucky Ones» (2019). Por outro lado, é preciso notar que em certos momentos surge desta serenidade sentimental um pequeno redemoinho, com se nota mais obviamente no single «Numbers» (2021) — os arranjos são mais dramáticos, as guitarras mais percussivas, as dinâmicas mais excitadas, etc… Aguça-se, assim, a curiosidade: para onde nos levarão as restantes canções de Castilho, agora somadas aos supracitados singles e lançadas, aqui no Aquário, em formato de álbum? Do que já ouvimos, apesar de numa expressão mais despida e lo-fi, vem-nos ao espírito a meiguice dos suecos The Cardigans ou a harmoniosidade dos japoneses The Pillows, bem como uma certa inocência perdida da pop das décadas de sessenta e setenta. O que é certo é que podemos contar com uma performance sólida e sonicamente esmerada, não só pela sua experiência de palco com os Savanna ou os Ditch Days, mas também porque estará acompanhado por Miguel Vilhena (Savanna/Niki Moss) na bateria, Luís Medeiros na guitarra eléctrica e José Crespo nos teclados (Ditch Days), Sofia Brás na viola d’arco e Bernardo Soares no saxofone. AR
Abertura de Portas
21h30