Promotor
Associação Zé dos Bois
Breve Introdução
Astrid Sonne
Da insuspeita Dinamarca temos assistido a uma nova vaga de artistas sonoros convictos em delinear outros rumos na música contemporânea. À cabeça virá todo o laboro intocável da Posh Isolation que nos últimos anos nos tem apresentado Puce Mary, Croation Amor ou Vanessa Amara. A Escho é imediatamente outro selo editorial cujo leque de talentos apenas sublinha a força criativa dinamarquesa deste momento. Assinando por esta última, a compositora Astrid Sonne é um astro em ascensão. A cada álbum acrescenta mais uma peça essencial num percurso surpreendente e intimamente conectado com os nossos tempos.
Com um passado em redor do estudo clássico, é na ambiguidade benigna da electrónica que encontrou um eco maior para as suas composições. É nos terrenos incertos ou na penumbra da luz que Sonne extrai cor e forma. A expressividade emocional e a exploração sensorial do seu trabalho unem-se numa dimensão imensamente pessoal. A delicadeza das cordas acústicas revela-se sob complexos mantos de sintetizadores e melodias enviesadas, em busca de uma certa vibração eterna.
Outsider of your lifetime surgiu como projecto extra-musical em que o disco veio acompanhado de uma experiência visual, disponível no site de Sonne, e a cargo do artista Aske Zidore. Já este ano Ephemeral Camera Feed recupera uma belíssima gravação no festival Atonal, em Berlim. Embora familiar, não soará em nada revisionista; na verdade, aprofunda todo o espectro sub-sónico que habita, extraindo uma mão cheia de insights valiosos. Profundo exercício de encontro, partilha e comunhão que de resto tem resgatado elogios por diversas publicações de destaque. Existe, pois, um momentum em redor da artista, impossível de não lidar com tremendo entusiasmo. Tê-la por cá é um pouco tomar pulso a alguma da música mais fascinante destes dias. NA
Maria do Mar
Maria do Mar, violinista, compositora e professora. Explora formas alternativas de ensino, a par de programação cultural, activismo político, concertos e performances com colectivos e a solo. Interessa-lhe a multidisciplinaridade, a prática colaborativa. Tem vários discos editados, saiu recentemente Elemental, o álbum de estreia do sexteto LANTANA. Tem se apresentado entre outros com Miguel Mira, Carlos “Zíngaro”, Sei Miguel, Ricardo Freitas, Paulo Chagas, Ernesto Rodrigues, Joelle Léandre, em festivais como, MIA, Creative Fest Lisboa e Berlim, Underscore, Jazz no Parque de Serralves, BCN ImproFest, Festival Urogallo Léon, Magasessions, Lisboa Soa, Jazz ao Centro Coimbra, Jazz 2020 Fundação Calouste Gulbenkian. É membro de vários grupos de música improvisada. No final do ano de 2019 foi nomeada na revista Jazz.pt, para Melhor Músico ou Grupo Nacional. “Maria do Mar. Depois dos casos de Carlos “Zíngaro”, Sei Miguel, Ernesto Rodrigues e Paulo Chagas, todos eles dinamizadores de movimentações específicas na cena nacional do jazz e da improvisação, a violinista de Lisboa é a primeira mulher que o está a fazer entre nós, na decorrência da sua actividade musical – este ano com resultados notáveis – em diversas formações (de Lantana, Mayuhma ou Pan(a)Sónicos a outras de tendências musicais mais distantes) e também enquanto programadora e produtora.” Rui Eduardo Paes
Abertura de Portas
21h30