Promotor
Associação Zé dos Bois
Breve Introdução
Genes é o moniker de Luís D’Alva Teixeira (1997), músico, compositor e produtor do Montijo que se estreou no Aquário da ZDB em Julho de 2017 quando abriu para a rapper norte-americana Gizzle. Fundador da editora independente Cachupa Records, do blog Indieota (uma comunidade online dedicada a resenhas e críticas de música) e de um festival de música com o mesmo nome, o seu papel na dinamização da música independente tem sido louvável: «O Luís por detrás do Genes», escreveu Sérgio Felizardo para a VICE, «é um puto que não desiste. Insiste. Com os outros e com ele próprio.» Genes sempre encarou eventuais limitações técnicas e/ou tecnológicas com um optimismo inspirador, vendo-as antes como coordenadas de liberdade e autenticidade estética. O lo-fi, em vez de desdenhado, é aqui celebrado pelas suas qualidades expressivas e pela forma como se dá ao experimentalismo, algo muitíssimo conveniente para quem está sempre em busca do seu próprio som: «Prefiro contudo saber que estou a trabalhar num som irreplicável… Eu não quero fazer dinheiro com um produto fútil», declara no seu press release. Genes foi o primeiro rapper a tocar no Barreiro Rocks, mas a verdade é que, nos últimos tempos, o hip hop e o trap foram dando lugar ao R&B, ao neo-psicadelismo e ao dream pop, como podemos constatar no seu último disco, o homónimo Genes, lançado a 27 de Janeiro. É este mesmo disco que o faz regressar à ZDB seis anos depois, para um concerto de promoção que conta com convidados que serão revelados durante o concerto. AR
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Gabrre é um multi-instrumentista, compositor e produtor brasileiro. Lançou o seu álbum de estreia em Outubro de 2020. Em Tocar em Flores Pelado, Gabrre leva-nos numa viagem pela sua cidade natal, Gramado, uma pequena aldeia no profundo sul do Brasil. As canções parecem delírios lisérgicos, o tédio que consome a vida quotidiana, os romances e a busca permanente de libertação. Ao contrário de outros nomes recentes na cena brasileira, inclinado a revisitar a neo-neo-psicadélia de Tame Impala, Fetzner segue um caminho particular, expandindo os seus próprios domínios e direcções criativas. Claramente inspirado pelo trabalho de veteranos como Animal Collective e The Microphones, o cantor utiliza esta direcção tortuosa como estímulo para as suas próprias criações, uma estrutura que vai desde o uso inexacto das vozes até ao tratamento dado aos arranjos.
Abertura de Portas
21h00