Promotor
Associação Zé dos Bois
Breve Introdução
Aquarian
Em trânsito por bases como Toronto, Nova Iorque e mais recentemente, Berlim, os ares e ecos de cada urbe quadram a realidade paralela de Aquarian. Mutations I: Death, Taxes and Hanger é o último documento vívido dessa própria noção de viagem - apelando a um pulsar sensorial imensamente apurado e infinito. Apadrinhado pela Dekmantel e por Aphex Twin, o produtor canadiano combina todo o nervo do breakcore com a carga textural do drone, dissecando o electro com brio e abrindo espaço a melodias crípticas. The Sneak That Eats Itself já havia oferecido importantes indícios da natureza cinemática que conscientemente ou não assombram os recantos das suas produções. Longe do esquadro e compasso do techno familiarmente vigente, ressaltam resoluções criativas onde dificilmente imaginaríamos - mas que intuitivamente entenderemos como certas.
Para quem entrou num circuito internacional através de pequenos bares obscuros e festas em caves suspeitas, Aquarian aporta consigo essa curiosidade natural em redor da experimentação e da novidade. As permanentes metamorfoses das suas narrativas alcançam formas não lineares e sintonizadas com um global ear geográfico-temporal que só adensam toda a matéria sonora. Além disso, partilha de um desejo de urgência e de ruptura comum a outros contemporâneos como Zomby, Lee Gamble ou Objekt - fazendo da surpresa uma ferramenta essencial. Paralelamente a esta macumba digital, fundou o selo Hanger Management, onde também vai dando a conhecer uma faceta mais oblíqua do vasto trabalho assinado até hoje. Presenciar esta passagem de Aquarian por Lisboa é auscultar o outro lado da eletrónica, aquela que estimula corpo e mente. NA
Abertura de Portas
21h30