Promotor
Associação Zé dos Bois
Breve Introdução
Chuck Strangers
Entre o brilho incandescente de Joey Bada$$ e a paciência divina de Ka, Chuck Strangers, produtor e rapper nova-iorquino, foi-se agigantando lentamente na sombra, encontrando a sua melhor forma em 'A Forsaken Lover’s Plea', álbum lançado em 2024 pela Lex Records onde se colocou em definitivo no centro da sua escrita e abordou os altos e baixos da relação com a arte e a vida, não só nos seus instrumentais como noutros de Alchemist, Animoss, Graymatter, zoomo ou Eyedress. As suas viagens exteriores e interiores foram-se fazendo entre Nova Iorque (onde nasceu, cresceu e se mostrou ao mundo) e Los Angeles (onde matou o ego), mas também entre o conforto da comunidade e o desconforto de se ver num canto enquanto os outros floresciam.
Che Jessamy, nome de baptismo, recebeu a sua primeira MPC (a 2000) aos 13 anos e os beats eram, até recentemente, o seu veículo mais fiável e reconhecido, desde a contribuição fundamental para 1999, pontapé na porta da estrela da Pro Era em formato de mixtape em 2012, até à produção na íntegra de um dos vários trabalhos de 2025 do workaholic Boldy James, 'Token of Appreciation'. A lista de batidas memoráveis da sua autoria é bastante longa, indo de “Brand New 911” (Joey Bada$$ & Westside Gunn), “ROCKABYE BABY” (Joey Bada$$ & ScHoolboy Q), “Oatmeal” (Pink Siifu & Fly Anakin), “Baby Powder” (Roc Marciano), “Alignment” (Navy Blue”) e “‘02 Roc” (Medhane) até Affordable Luxuries com Milc. Fora o que usou em proveito próprio.
Antes do longa-duração editado no ano passado, 'Consumers Park' foi o título da sua estreia a solo num formato mais longo, em 2018, percebendo-se bem de onde vinha e o que representava enquanto parte de um renascimento que evocava a era de ouro de Nova Iorque, um certo revivalismo boom bap que não envergonhava o passado e ainda injectava uma nova energia. Depois disso, os EPs 'Too Afraid Too Dance' (2020) e 'The Boys & Girls' (2023) foram passos firmes em direcção a um crescimento sustentado rodeado de bons colaboradores. Pelo meio, mais concretamente em 2022, participou em “Unindulged” de Languish Arts, canção que fez parte de um dos últimos projectos de Ka (R.I.P.) e um carimbo inequívoco de qualidade: foram muito poucos os MCs que receberam esse convite. Uma honra transformada em responsabilidade: "...too G to take a knee, still I gave you all of me.”
AR
~
Brian Nasty
Brian Nasty é um artista multidisciplinar cuja criatividade flui entre a música, as artes visuais e a subcultura. A partir de Londres (onde vive), mistura sons, imagens e estilos de uma forma que parece perfeitamente coesa — tirando partido dos seus mundos enquanto músico, ilustrador, fotógrafo e modelo. Em novembro de 2024, Brian lançou a primeira parte da sua ambiciosa mixtape de duas partes, Anywhere, But Here With You, pela Big Dada. Este projeto captura um período de transformação ao longo dos últimos três anos, explorando temas como oportunidades perdidas, autorreflexão e resiliência. As colaborações na mixtape incluem artistas como Felix of Paris Texas e o rapper nova-iorquino Wiki, com contributos na produção de Joe Armon-Jones, do Ezra Collective, do músico de Los Angeles Jerry Paper e do produtor inglês Paul White. Brian está pronto para lançar a segunda parte de Anywhere, But Here With Youem novembro de 2025. O lançamento já começou, com singles como “Two” e “Belly Of The Beast”, onde se denota uma imersão mais profunda nos temas de conexão, caos e clareza. Mais algumas faixas com Eyedress e Sofie Royer devem ser lançadas antes de setembro, aumentando a expectativa por um trabalho que continua a esbater as fronteiras entre som, história e subcultura — tudo apresentado através da lente inconfundível de Brian. Além de escrever uma série de novos materiais a solo, Brian teve alguns anos bastante preenchidos, incluindo a colaboração com Metronomy no seu Posse EP Volume 1 de 2021; trabalho como modelo para marcas como Vivienne Westwood, Adidas Originals, Dickies e Marc Jacobs, mantendo uma relação criativa particularmente especial com Carhartt, Aries e Crtz; e o lançamento da curta-metragem Moon com Luke Casey — parte de uma trilogia de curtas inspiradas em sonhos sobre lobos, monstros e o nosso fim iminente — na qual Brian atuou e contribuiu para a banda sonora original.
~
Farrusco
Farrusco não é só um rapper que carrega Odivelas ao peito. A forma como narra a rua como quem a conhece por dentro, é única. Consegue misturar o frio da noite com o calor que sente junto dos seus mais próximos, sem ilusões sobre o que o próprio alimenta. O seu espaço na cultura foi construído a versos que deixam inevitavelmente imagens gravadas nas cabeças dos seus ouvintes, o que torna a sua mensagem clara e perceptível. Sem meios-termos pelo meio.
Com o seu próximo álbum "Virar Jogo" ao virar da esquina, chega-nos a promessa de que existe mais por falar, e ainda mais por escutar.
Abertura de Portas
21:00
Preços